sexta-feira, 13 de abril de 2012

    Neste livro, obra clássica da sociologia, Aron traz os maiores pensadores da Sociologia:

Montesquieu (1869 – 1755)

Montesquieu
    Apesar de muitos não o considerarem propriamente um sociólogo, o autor traz o pensamento deste filosofo iluminista, que já pensava temas referentes também a Sociologia.
       Segundo Montesquieu, o clima, a natureza do solo, a quantidade de pessoas e religião determinam a sociedade. O tamanho do Estado define o tipo de governo, que pode ser a republica, a monarquia e o despotismo. Cada governo é baseado numa qualidade, sendo que para a republica, a virtude; para a monarquia, a hora; e para o despotismo, o medo.  O barão de Montesquieu também já previa o desemprego tecnológico, ou seja, que o desenvolvimento tecnológico dos meios de produção levaria ao desemprego.

Auguste Comte (1791 – 1857)

Comte
    Comte, o pai do Positivismo, é o sociólogo da unidade humana social, e encontra dificuldades em fundamentar a diversidade.
     Seu pensamento é dividido em três etapas. A primeira reflete o pensamento europeu medievo, baseado na teologia. Na segunda etapa desenvolve a lei dos três estados e a classificação das ciências: matemática, astronomia, física, química, biologia, sociologia e moral. Já na terceira e ultima, teoriza o futuro segundo a natureza humana e social.
O lema da bandeira brasileira é o lema do positivismo
       O ponto de partida do pensamento comtista é a reflexão das contradições da sociedade de seu tempo, já que o sociólogo viveu a ultima fase da Revolução Francesa e inicio da Revolução Industrial.
        A doutrina de Auguste Comte se baseia na ideia de que toda sociedade se mantém pelo acordo de espíritos. Só há sociedade na medida em que seus membros têm as mesmas crenças.
         Possui três grandes temas: a sociedade industrial, a dupla universalidade do pensamento cientifico e a diversidade, uma vez que a natureza humana é basicamente a mesma.
     Sua versão da sociedade industrial não é nem liberal nem socialista, mas poderia ser definida como a teoria da organização.  Critica os liberais, pois diz que seu pensamento é abstrato, metafísico. Já aos socialistas, os critica por serem “inimigos da propriedade privada”.  Comte ainda diz que a hierarquia social se dá através da “hierarquia espiritual”, dos méritos morais dos indivíduos.
       Tem a sociologia como a ciência por excelência.  Para ele, os fenômenos sociais estão sujeitos a um determinismo rigoroso, comandado pelo progresso do espírito humano. Os acontecimentos seguem um desígnio único, fixado por Deus ou pela natureza humana, e por isso o homem não pode mudar o rumo da própria historia. Comte também prega que a sociologia é objetiva como as ciências da natureza, e por isso tem que se valer dos mesmos métodos para analisar as sociedades.
      Estuda como se organizam os diferentes elementos o corpo social, o que chama de estática social. Analisa a teoria da estrutura fundamental das sociedades, composta pelas teorias de religião, da propriedade, da família, da linguagem e da divisão do trabalho.
         A análise da religião tem por objetivo mostrar a função da religião na sociedade:

“A religião constitui, portanto, para a alma, um consenso normal, comparável exatamente à saúde, com relação ao corpo” Système de politique positive, t. II, p. 8

     A propriedade é a projeção da atividade na sociedade, enquanto que a linguagem é a projeção da inteligência, daí a frase “A humanidade se compõe mais de mortos do que de vivos”. A lei comum as duas é a acumulação.
     A família é essencialmente a unidade afetiva e a divisão do trabalho corresponde ao elemento ativo da natureza humana.
     Auguste Comte quer reformar a sociedade. Quer transformar a maneira de pensar dos homens, divulgar o pensamento positivista, eliminando os resíduos de mentalidade feudal e teológica.

Karl Max (1818 – 1883)

Karl Marx
         Sociólogo e economista que tem por objetivo mostrar as contradições do capitalismo, como a luta de classes.
    A luta de classes ocorre, pois a burguesia modifica os meios de produz, mas não desenvolve a vida dos operários. A jornada de trabalho é muito superior à duração do trabalho necessário para criar o valor encarnado no próprio salário.
      Quer compreender o conjunto das sociedades a partir da sua infra – estrutura, isto é,  do estado das forças produtivas, dos conhecimentos científicos e técnicos, da industria e da organização.
     O Estado é considerado essencialmente a arma de dominação de uma classe; então sumirá quando a dominação deixar de existir.

Alexis de Tocqueville (1805 – 1859)

Alexis de Tocqueville
      Constata certas características associadas à essência de toda sociedade moderna, ou democrática, mas acrescenta que, a partir desses fundamentos comuns há uma pluralidade de regimes políticos possíveis.
      A seus olhos a democracia consiste na igualdade de condições. É uma sociedade que não tem por objeto o poder ou a gloria, mas sim prosperidade e tranquilidade. A liberdade não pode se fundamentar na desigualdade; deve assentar – se sobre a realidade da igualdade, cujo modelo lhe parecia existir na America.
    Apresenta três causa para a América ser liberal: a situação acidental e particular de sua colonização, as leis e os hábitos e costumes.
    Para Alexis, o Estado deve ser suficientemente extenso para dispor da força necessária para sua segurança, e pequeno o bastante para que sua legislação se adapte as diversidades das circunstancias e dos meios.

Émile Durkheim (1858 – 1917)

Émille Durkheim
         Durkheim entende que a formação da sociedade se dá de duas maneiras: pela solidariedade mecânica, ou seja, pela semelhança entre os indivíduos; e pela solidariedade orgânica, quando os indivíduos não são semelhantes, mas cada um exerce uma função social indispensável.
        Para ele o criminoso é aquele que, numa sociedade determinada, deixou de obedecer às leis do Estado. A função do castigo, então, é satisfazer a consciência comum ferida pelo ato cometido.
      Em seu livro “O suicídio” analisa este fenômeno, a quantidade de casos, os tipos e os perfis dos indivíduos.
       Também tinha como objetivo elaborar uma teoria geral das religiões, com base na análise das instituições religiosas mais simples e mais primitivas.
    Para todos os seus estudos, sua metodologia consiste na observação dos fatos sociais como e coisas e os reconhecer pela coerção que exercem sobre os indivíduos.

 Vilfredo Pareto (1848 – 1923)

Vilfredo Pareto
     O pensamento do sociólogo italiano pode ser resumido no estudo das condutas lógicas e não – lógicas do seres humanos, ou seja, como os indivíduos atingem seus objetivos, sejam por meios previamente raciocinados, ou não.

Max Weber (1864 – 1920)

Max Weber
        O sociólogo alemão define três tipos de ação. A ação racional é definida pelo fato de que o autor concebe claramente seu objetivo e combina os meios disponíveis para atingi – ló (assim como as ações lógicas de Pareto). A ação efetiva consiste na reação emocional do ator, em determinadas circunstâncias e não em relação a um objetivo ou a um sistema de valores. Já a ação tradicional é a aquela ditada pelos hábitos, costumes e crenças.
        Weber tem como ambição compreender como os homens vivem em sociedades diversas, com base em crenças diferentes. Em seu famoso livro “a ética protestante e o espírito do capitalismo”, mostra como a religião influencia neste sistema econômico. Em relação ao socialismo, concorda com Marx, mas não acredita no socialismo devido a burocratização.
       Segundo seu ponto de vista, o Estado é a instancia que dispõe do monopólio da coerção física. A política é, portanto, o conjunto das condutas humanas que comportam a dominação do homem sobre homem. Justifica três tipos de dominação: racional, baseada na crença na legalidade; a tradicional, na crença de caráter sagrado; e carismática, baseada na crença na força heroica. 

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