Primeira Publicação: 1865
Título Original: Война и мир
Para começar esta publicação, só há uma coisa que pode ser dita:
WOW, FANTASTIC BABY!!
A obra-prima de Leon (ou Liev, Lev, e também Leão) Tolstói é, com certeza, uma das melhores obras que eu já li, em toda a minha vida. Após concluir este gigantesco trabalho, me arrependi dos anos em que adiei a leitura.
Com mais de mil páginas, Guerra e Paz relata 07 anos da História russa, de uma forma brilhante. Conta a história por dentro, apontando como os pequenos fatos bélicos afetaram a aristocracia russa.
Em 1805 Napoleão declarou embargo econômico à Inglaterra. Alexandre, imperador russo, não atendeu à determinação francesa, levando às ameaças de invasão.
Áustria e Russia se unem contra Napoleão na famosa batalha de Austerlitz. Entretanto, o poderio bélico e estratégia do pequeno imperador derrotam os países da Europa Oriental, e a marcha francesa rumo ao leste começa.
Enquanto isso, em Petersburgo e Moscou, somos apresentados às famílias que acompanharemos até 1812, quando a guerra finalmente chega a capital.
O príncipe Vassili Kuraguine somente deseja um casamento vantajoso para seus filhos, o sedutor Anatole, e a bela Helena. Mas é frequentemente atormentado pela ambiciosa mãe de Bóris Dubretskoi, que visa colocar seu filho em uma posição destaque.
Helena acaba por se unir ao jovem conde Pedro Bezukov. Contudo, o bom coração do rapaz e o comportamento nada convencional da condessa não dará ensejo a uma boa relação conjugal.
Anatole tenta pedir a mão da religiosa e boa princesa Maria Bolkonski. Mas a preocupação da moça está voltada ao bem estar do seu irmão, André.
André, por seu turno, será o alvo da animada filha do Conde Rostov, Natasha.
Como se pode ver, todos os personagens possuem alguma ligação, como se pode ver no esquema abaixo:
Mais do que o complexo relacionamento entre as personagens, a obra, que demorou 05 anos para ser concluída, quer demonstrar como a guerra chegou às famílias, o relacionamento entre pais e filhos, o comportamento feminino, dentre outros aspectos do cotidiano do início do século XIX.
Tolstoi também sonhava em demonstrar que, tanto Napoleão, como Alexandre e Kutuzov, não tinham ciência do impacto dos seus atos, e que a derrota francesa, em 1812, foi construída mais por pequenos detalhes do que pelo planejamento.
O livro foi a inspiração de diversas séries de televisão e filmes, dentre os quais eu indico a produção da BBC, de 2016. Simplesmente perfeita, bem estruturada e fiel à história.
No âmbito clássico, o russo Prokofiev compôs, em 1942, ópera com o mesmo nome, contando esta fantástica história. Confira o trecho abaixo:
Já a respeito da guerra, retratada no livro, Tchaikovsky compôs 1812, uma das minhas obras preferidas. Veja a apresentação:
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